Blog do escritor Ferréz

onde você estiver.

Onde vc estiver, choque, seja você.
se for pelos livros ótimo, se for pelo terror, que seja terrorismo literário.
enquanto São Paulo paga o preço da exclusão, agente só vê o que a tempos imaginava.
Não deu certo jogar os culpados num canto da cidade, reduzir sua comida, sua dignidade, tentar tirar sua criatividade.
parece que não deu muito certo.
um amigo me disse que onde o estado não chega, chega outra coisa, eu digo que quando não queremos olhar, pelo menos a certeza de sentir teremos.
São Paulo tá assim, quer olhar mas não quer ver. quer sentir mas não expressar.

Ferréz

Ferréz

10 comentários:

Will disse...

Olá ferréz,
Curto rock, mas comprei o seu cd DETERMINAÇÃO; comprei, ouvi e gostei, sobretudo das faixas 3.29 de dezembro, com a participação do Arnaldo antunes, do qual sou fã desde os Titãs (melhor banda de rock do Brasil) e 8. Seu pai, com a participação do Chico Cesar. Também gostei das crônicas do encarte e clipe, e da música, Judas e, é claro, da faixa 11. Eu queria ter e ser, disparada a minha favorita. Agora é aguardar o próximo.
Um abraço.
PS: Valeu por ter publicado meu poema no IndústriTexto. Muito obrigado.
Até a próxima.

Marco Antônio Bin disse...

Simples e direto, é bem isso, caro Ferrez. Me canso de ver análises midiáticas que insistem em não querer encarar a realidade dos fatos. Grande abraço.

calves disse...

Ferrez como vai!
Meu nome é Cristiano,participo de um núcleo de pesquisa afrodecendente na minha Universidade e meu tema é sobre a Representatividade negra na política brasileira, buscando encontrar uma maior participaçãodos nossos representantes e que este adquiram um vínculo com a sua camada eleitoral. Trata-se de um trabalho acadêmico que visa uma maior inserção dos negros na política devido o grande número de eleitores negros. Gostaria de contar com alguns depoimentos entre eles o seu ponto de vista sobre a questão se puder me contactar e pelomenos ceder algum espaço no seu precioso tempo gostaria que você retornasse essa mensagem. Desde já agradeço pela sua atenção. Um forte abraço

calves disse...

Ferrez como vai!
Meu nome é Cristiano,participo de um núcleo de pesquisa afrodecendente na minha Universidade e meu tema é sobre a Representatividade negra na política brasileira, buscando encontrar uma maior participaçãodos nossos representantes e que este adquiram um vínculo com a sua camada eleitoral. Trata-se de um trabalho acadêmico que visa uma maior inserção dos negros na política devido o grande número de eleitores negros. Gostaria de contar com alguns depoimentos entre eles o seu ponto de vista sobre a questão se puder me contactar e pelomenos ceder algum espaço no seu precioso tempo gostaria que você retornasse essa mensagem. Desde já agradeço pela sua atenção. Um forte abraço

Neuza disse...

Vi a foto do Marcola depondo na CPI do tráfico de armas, antes de ser transferido pro novo presídio de segurança máxima. Deve ser pelo menos uns 10 anos mais novo que eu. Entre eu e ele há uma distância espacial, temporal insuperável. Jamais falaremos a mesma língua. Ele foi criado diferente, se é que foi criado. Foi sobrevivendo sob a égide dos tráficos. É um predador afiado. Como ele deve haver outros milhares que, se não se criaram completamente longe das leis do Estado, em periferias regiamente ignoradas pelo poder público e pelos cidadãos paulistanos, passaram os tempos de moleque entre uma tevê neurótica e rasteira e um shopping onde os tênis de marca eram muito caros. Nos dois casos a audiência massiva dá traço de alma. Resta um predador de nova geração, poderosíssimo, assustador e trágico feito Darth Vader.
Mas pode ser que a São Paulo sobreviva. E que o Estado chegue num acordo com a perifa. Os meninos atirando bombas caseiras nos ônibus são paus mandados do PCC, ok. Mas também são a raiva dos excluídos. Dos que simplesmente não contam para gente como o Secretário de Habitação de São Paulo, que manda a polícia descer o pau em famílias de sem-teto que ocupam moradias abandonadas no Centro.

Mika Lins disse...

Adorei a entrevista na TRIP.

MeSGa disse...

Ferrez, por força do destino, é a segunda vez que eu comento aqui e da 1ª também era época de atentados, infelizmente, gosto do jeito que vc aborda os fatos, uma cidade que quer ver mas não enxerga, é bem isso mesmo, parabens novamente.
Até...

Anônimo disse...

Oi Ferrez!!Sou leitora assídua da sua coluna na Caros Amigos e agora tb faço visitas frequentes ao seu blog. Parabéns pelo teu trabalho e visite o meu blog tb, creio que podemos estabelecer diálogos interessantes...;)

Um abraço.

Jose Luiz Pedro disse...

Olha cara, gosto do seu trabalho. Sem puxa - saquismo, eh fantastico o que a periferia pode produzir sem precisar de apoio de ninguem. Soh ver a historia do RAP de SP, do pessoal de Recife, dos projetos na Bahia, etc...
Vi essa semana um clip no site do Fotografo Iata Cannabrava, um trabalho no Capao e gostei bastante (http://www.iatacannabrava.fot.br/umaoutracidade/)
Sempre morei na ZL e gosto de rock, obvio que tenho uma aproximacao com o Samba e RAP que aprecio meio de longe. Mas acho que o que foi feito nas ruas, muito tem em relacao a safadeza de alguns. Pirueiros mandando queimar onibus, gente atirando em policiais e todo mundo usando o PCC como desculpa. Claro que houve acoes coordenadas para isso, mas muita gente se aproveitou da situacao para descontar sua raiva pessoal em cima das empresas e policia.
Acho que estamos em um caso que nao da para ser contra ou a favor. Pois quanto atinge a populacao em geral, principalmente os pobres que soh tem o onibus para trabalhar , ai nao vejo sentido.. vai queimar BMW, Mercedes, carro da policia, quem eles realmente queriam atingir, mas nao o povao.. Ja quanto aos sem terra e sem teto no comeco era a favor. Depois vi que se tornou uma coisa meramente politica, os caras oferecendo dinheiro para investir em outros paises.. ai fudeu..

Assaz Atroz disse...

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OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

Uma alternativa ao Farfour


Por Fernando Soares Campos em 15/5/2007

Li neste Observatório da Imprensa nota intitulada "Hamas usa sósia de Mickey em campanha contra Israel ". Militantes do Hamas estariam usando uma réplica do ratinho símbolo da Walt Disney Company "para divulgar mensagens da dominação islâmica [sic] e da resistência armada para o público infantil em um programa da emissora de TV al-Aqsa chamado Pioneiros do Amanhã ". A imitação do Mickey se chama Farfour.

Este foi o trecho da matéria que mais chamou a minha atenção:

"O programa conta também com a participação de crianças, cantando hinos sobre a luta contra Israel – que há muito tempo vem reclamando que os canais palestinos incitam ódio ao povo israelense. David Baker, porta-voz do primeiro-ministro israelense Ehud Olmert, afirmou que `não há nada cômico sobre ensinar novas gerações de palestinos a odiar israelenses´. Mark Regev, porta-voz do ministério do Exterior, acusou os palestinos de não assumir o compromisso de parar de incitar ódio contra Israel. `As crianças aprendem que matar judeus é algo bom´, diz."

Ano passado foram amplamente divulgadas na internet fotos de crianças israelenses escrevendo mensagens nos mísseis que seriam lançados contra as posições palestinas no Líbano. Crianças e adolescentes, usando batom e lápis de desenho, aparentemente descontraídas, escreviam mensagens nos petardos e conversavam com os soldados. Ao lado, seus pais acompanhavam a visita ao front, certamente orgulhosos de verem seus filhos se instruindo na arte da matar, indiferentes à dor que possam causar.

Baseado naquelas fotos, acredito que qualquer porta-voz do Hamas poderia dizer que ali "as crianças aprendem que matar palestinos é algo bom". Pelo visto, crianças de ambos os lados são vítimas dos senhores do ódio e da intolerância, da ganância e da prepotência.

Entre a cruz e a bala perdida

Tudo indica que, para a imprensa, cabe às crianças apenas o papel de mártires, com as conseqüentes (oportunas?) "comoções públicas". Na trajetória das balas perdidas, geralmente se encontra uma criança. Parece fatalidade, entretanto isso é apenas uma questão de probabilidade facilmente verificável, pois as ruas e becos das favelas, onde o confronto polícia-bandido torna-se cada vez mais comum, estão sempre ocupadas pelos pequeninos, que, além do aparelho de TV, contam somente com esses espaços para extravasar suas energias em atividades lúdicas.


LEIA COMPLETO USANDO O LINK...
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=433FDS010

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